Balanço do CPJ aponta para 56 jornalistas mortos em 2004

O Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) diz que morreram 56 jornalistas em serviço durante o ano de 2004, 36 dos quais vítimas de ataques intencionais, o que mantém uma tendência há muito documentada pela organização.

O país mais afectado foi o Iraque, onde, dos 23 jornalistas mortos em serviço, nove foram alvejados deliberadamente, mais um do que nas Filipinas, onde oito jornalistas foram assassinados no decorrer de 2004.

“O facto de tantos jornalistas serem assassinados impunemente é vergonhoso e debilitante. Os governos têm a obrigação de perseguir e condenar os responsáveis. Ao não o fazerem, deixam que os criminosos imponham limites às notícias que os cidadãos vêem, ouvem ou lêem”, afirma Ann Cooper, directora-executiva do CPJ.

Marcado sobretudo pela morte de jornalistas que cobriam acontecimentos nos seus próprios países, o ano que passou foi o pior desde 1994, no qual morreram um total de 66 jornalistas em serviço.

Além dos 56 jornalistas mortos em serviço, o CPJ registou 17 trabalhadores dos média assassinados – 16 dos quais no Iraque –, dois jornalistas desaparecidos e está ainda a investigar se as mortes de 17 outros repórteres em 2004 se deveram ao seu trabalho jornalístico.

Apresentando uma contabilidade bastante diferente da do INSI – 117 mortos –, o CPJ explica que só considera que um jornalista foi morto em serviço quando este falece como resultado de uma acção hostil, incluindo retaliação pelo seu trabalho, em fogo cruzado durante a cobertura de um conflito ou em trabalho em circunstâncias perigosas, como numa manifestação de rua violenta, excluindo todos aqueles que são vítimas de acidentes ou problemas de saúde.

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