Dezassete jornalistas foram detidos pela polícia das Filipinas quando cobriam, a 29 de Novembro, a tomada do Peninsula Hotel, em Manila, por soldados do exército amotinados, uma acção que demorou sete horas a ser controlada pelas autoridades.
Segundo o Sindicato Nacional de Jornalistas das Filipinas (NUJP), a polícia chegou a levar os detidos para a esquadra de Bicutan e confiscou filmagens vídeo a alguns repórteres.
A polícia justificou a detenção dizendo que pretendia garantir que as tropas rebeldes não aproveitavam a multidão de jornalistas para se escaparem, argumento que é contestado pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e pelo Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), para os quais a acção foi injustificada e representa uma clara tentativa de intimidar os média.
Em reacção ao sucedido, a presidente filipina, Gloria Macapagal-Arroyo, lamentou a detenção dos jornalistas, uma atitude aplaudida pela FIJ, que aproveitou o ensejo para instar o governo a comprometer-se firmemente para que semelhantes acções não voltem a repetir-se.