Autoridades de Somaliland expulsam 24 jornalistas

As autoridades da autoproclamada República de Somaliland ordenaram a expulsão de 24 jornalistas somalis que fugiam à violência e às limitações ao exercício da profissão em Mogadíscio, capital da Somália, alegando que estes punham em risco a segurança e es

Os jornalistas residiam todos na localidade de Hargeisa, numa casa estabelecida pelo Sindicato Nacional de Jornalistas Somalis (NUSOJ) e pela Associação de Jornalistas de Somaliland para servir de refúgio aos jornalistas que eram alvo de violência em Mogadíscio, cidade onde só este ano morreram quatro jornalistas.

“Antes deste incidente, a Somaliland tinha a reputação de ser um local seguro para jornalistas que eram ameaçados na Somália”, afirmou Gabriel Baglo, director da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) para África, acrescentando que a decisão de expulsar os repórteres é um grande passo atrás e fazendo um apelo às autoridades para que anulem a decisão.

A FIJ teme que as restrições impostas recentemente pelo governo transitório da Somália – que visam minimizar a cobertura do conflito militar entre as autoridades e os rebeldes islamitas e proíbem as entrevistas a líderes da oposição – façam com que o país se torne ainda mais perigoso para o exercício da profissão.

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