Autoridades chinesas desrespeitam direitos dos jornalistas

A confirmação sumária da pena de três anos de prisão aplicada ao colaborador do “The New York Times” Zhao Yan e a detenção de um jornalista e três assistentes, ainda não identificados, por terem realizado “entrevistas ilegais” enquanto investigavam uma explosão numa mina motivaram o protesto da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) contra o desrespeito dos direitos dos jornalistas por parte das autoridades chinesas.

De acordo com notícias publicadas na Internet e citadas pela FIJ, o Tribunal Superior de Pequim demorou apenas alguns minutos para confirmar a pena de três anos de prisão aplicada a Zhao Yan por “fraude e revelação de segredos de Estado”, tendo a entrada do advogado do jornalista na audiência de recurso sido inexplicavelmente recusada.

No caso da equipa de reportagem que investigava uma explosão que matou 24 mineiros numa mina de carvão em Luweitan, a organização internacional dos jornalistas instou as autoridades chinesas a revelarem as identidades dos quatro detidos no dia 3 de Novembro e a libertarem-nos de imediato.

“A FIJ condena totalmente o desrespeito das autoridades políticas e judiciais pela liberdade de imprensa na China e insta os tribunais a reconsiderar os recursos de Zhao Yan e Ching Cheong e a libertar os diversos jornalistas que estão atrás das grades na China apenas por fazerem o seu trabalho”, afirmou o presidente da FIJ, Christopher Warren.

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