Autocensura em jornal mexicano

O diário mexicano “Norte”, da região fronteiriça de Ciudad Juárez, anunciou que deixará de cobrir actividades criminosas de gangues devido aos riscos associados a essa prática e à falta de protecção dos governos nacional, regional e local aos jornalistas.

A decisão foi tomada pelo conselho de directores do título na sequência de ameaças de morte ao jornalista Carlos Huerta Muñoz, intimidado por um homem que se identificou como membro da “Federação”, uma organização que congrega cartéis de droga de vários pontos do México.

Além de Carlos Huerta Muñoz – que optou por fugir do país com a sua família –, jornalistas de órgãos como o “Diário de Juárez” e o Canal 44 receberam recentemente, por telefone, ameaças de morte.

A Federação de Jornalistas da América Latina e do Caribe (FEPALC) pronunciou-se sobre este caso, lembrando que em 2007 seis jornalistas foram assassinados e três desapareceram no México e afirmando que a autocensura limita gravemente o jornalismo e diminui o direito da sociedade a estar devidamente informada.

Partilhe