A Audiencia Nacional espanhola arquivou a 10 de Março a investigação à morte do operador de câmara espanhol José Couso, mas os familiares do profissional assassinado a 8 de Abril de 2003 por disparos de tropas norte-americanas contra o Hotel Palestina, em Bagdade, já garantiram que vão recorrer da decisão.

O auto de 10 de Março deixa sem efeito o anterior mandato de busca, captura, detenção e extradição emitido pelo juiz Santiago Pedraz contra os militares norte-americanos Thomas Gibson, Philip Wolford e Philip D. Camp, por considerar que o disparo do tanque contra o Hotel Palestina se tratou de “um acto de guerra contra um inimigo aparente, erradamente identificado”.

Pilar Hermoso, advogada da família de José Couso, acusou a Audiencia Nacional de estar “submetida à vontade da administração Bush”, enquanto Javier Couso considerou que a decisão judicial legitima o assassinato de jornalistas num conflito bélico, esquecendo que são civis protegidos pela Convenção de Genebra.