Atentado mortal na Croácia e jornalista agredido na Grécia

Na noite de 23 de Outubro, a explosão de uma bomba num carro em Zagreb, na Croácia, vitimou o jornalista Ivo Pukanic e o director de marketing Niko Franjic, ambos do NCL Media Group. Nesse mesmo dia, mas de manhã, o jornalista grego Makis Nodaros, do jornal “Eleftherotypia”, foi agredido no Sul da Grécia, tendo de ser hospitalizado para tratar ferimentos na cabeça, nos braços e nas pernas.

Estes dois casos de violência no Sueste Europeu mereceram a condenação da Federação Europeia de Jornalistas (FEJ), que exigiu uma investigação total a ambos, demonstrando-se preocupada com a forma como cada vez mais profissionais dos média são alvo de retaliações pelo seu trabalho no velho Continente.

Ao que tudo indica, Makis Nodaros terá sido atacado devido às reportagens de investigação sobre corrupção e má gestão dos esforços, governamentais e não governamentais, de auxílio às vítimas de fogos florestais ocorridos no ano passado na Grécia.

Quando aos dois profissionais croatas – os primeiros a serem assassinados no país depois do fim da guerra nos Balcãs –, o primeiro-ministro Ivo Sanader disse à imprensa que a responsabilidade do ataque será da máfia ou de outro grupo criminoso.

A situação da liberdade de imprensa na Croácia tem vindo a piorar nos últimos anos e os ataques físicos e verbais a jornalistas têm-se tornado rotineiros. Só em 2008, foram vítimas de agressão cinco jornalistas: Danijela Banko, Filip Brala, Ivo Pukanic, Dusan Miljus e Martin Franov.

O atentado fatal contra Ivo Pukanic e Niko Franjic foi ainda condenado pelo Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) e pela Organização de Média do Sudeste Europeu (SEEMO), que considerou este ataque como “um dos mais graves dos últimos anos, não só na Croácia, mas em toda a região”.

Partilhe