Nove profissionais da comunicação social morreram no atentado terrorista que vitimou 109 pessoas em Irbil, no Curdistão iraquiano, na passada semana, confirmou a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ). Com esta nova tragédia, ascende a 33 o número de jornalistas mortos na Guerra do Iraque.
“Esta inesperada violência ceifa muitas vidas inocentes e, inevitavelmente, os jornalistas e os trabalhadores dos média são os que estão na primeira linha”, afirmou Aidan White, secretário-geral da FIJ, lembrando que a tragédia ocorreu poucos dias depois de os dirigentes curdos terem “celebrado em conjunto a sua liberdade e recebido representantes de jornalistas de todo o mundo”.
Na ocasião, a FIJ e a Federação de Jornalistas Árabes acordaram com os representantes do movimento dos Jornalistas Curdos do Iraque a implementação de um programa de apoio para os jornalistas iraquianos, incluindo um programa intensivo de defesa.
“Estes terríveis acontecimentos ilustram como é arriscada a vida dos jornalistas no Iraque, e confirma que muito mais tem de ser feito para reduzir esses riscos”, afirmou o presidente da FIJ.
Os profissionais mortos foram: os jornalistas Kamaran Mohamed Omar, Saad Abdulla, Salah Saedouk e Mhdi Khoshnaw; os fotógrafos Safer Nader e Abdlsatar Abulkarim; o operador de câmara Ayoub Mohamed Salih; o colunista Naseh Salim; e o editor Shawkat Shekh Yazden-Aras.
Além destas mortes, o atentado reivindicado pelo grupo Jaish Ansar al-Sunna provocou ferimentos graves nos repórteres de imagem Fdel Faramosh e Sami Slewa e nos jornalistas Kasim Sherwani e Adnan Moufti.
Com este incidente, o número de jornalistas e profissionais dos média mortos no Iraque desde a invasão norte-americana, em Março de 2003, ascende a 33, o que leva a FIJ a considerar que a prioridade principal para os jornalistas do Iraque é a formação em questões de segurança e a melhoria das condições de trabalho.