Ataques a jornalistas no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) deu a conhecer mais casos de ataques contra os média durante as celebrações do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que se juntam assim ao da jornalista ceilonesa detida quando pretendia entrar num encontro alusivo à data promovido pela UNESCO em Colombo, capital do Sri Lanka.

Em Malé, capital das Maldivas, a polícia de choque agrediu três monitores internacionais de liberdade de imprensa – Vincent Brossel, da Repórteres Sem Fronteiras, Thomas Hughes, da International Media Support, e Sadaf Arshad, da Comissão de Imprensa da Ásia do Sul –, e deteve seis outras pessoas, entre as quais Nazim Sattar, subeditor do “Minivan News”.

Momentos antes do ataque, a delegação internacional havia estado reunida com o porta-voz do governo, Mohamed Hussain Shareef, que tentara contrariar críticas de que as autoridades das Maldivas não respeitavam a liberdade de imprensa.

Noutro país-arquipélago mais a Leste, as Filipinas, as Forças Armadas limitaram o acesso dos média ao quartel-general de Camp Aguinaldo, em Quezon City, nos dias em que não se realizem conferências de imprensa.

Esta medida surge depois do Supremo Tribunal ter considerado inconstitucionais acções recentes do governo contra a classe jornalística, como as detenções sem mandato, as rusgas a redacções e as proibições de protestos de rua.

“É profundamente irónico que o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa tenha sido marcado por detenções e agressões a tantos colegas. Estes incidentes são uma prova da violação contínua da liberdade de imprensa e de expressão na região”, afirmou o presidente da FIJ, Christopher Warren.

Partilhe