Ataque às instalações da Rádio e Televisão de Timor-Leste

As instalações da Rádio e Televisão de Timor-Leste (RTTL) em Dili foram atacadas a 29 de Junho por cerca de 40 elementos da oposição, que saquearam o local, imobilizaram os funcionários e exigiram a suspensão das emissões, noticiaram a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e a Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

Devido a ameaças continuadas de grupos da oposição, a RTTL pedira há cinco semanas a protecção das forças armadas australianas, mas a resposta só chegou a 30 de Junho, depois do ataque já se ter consumado.

Com medo de represálias, a produção de notícias locais na estação diminuiu drasticamente durante o fim-de-semana, sendo apenas transmitidos programas portugueses. Prevê-se que tudo regresse ao normal hoje, 3 de Julho.

A violência contra a emissora forçou o director de informação, o editor-principal para a televisão e dois outros trabalhadores a esconderem-se. Desde o início dos conflitos, as casas de cerca de vinte funcionários da estação foram destruídas ou saqueadas, pelo que actualmente são forçados a viver com famílias de outros trabalhadores da RTTL, como deslocados internos.

Tanto a FIJ como a RSF advogam que garantir a protecção de órgãos de comunicação e jornalistas é essencial para a livre circulação de informação e para os esforços de estabilização do mais recente país do mundo.

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