A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) decidiu assinalar como um dia de luto e protesto o primeiro aniversário do ataque das tropas norte-americanas contra o Hotel Palestina, em Bagdade, a 8 de Abril de 2003, em que morreram dois jornalistas.
A FIJ afirmará deste modo a sua condenação pelas mortes de jornalistas durante a guerra do Iraque e pela forma como o Pentágono tem falhado nas suas explicações sobre os trágicos acontecimentos.
Dois jornalistas, Taras Protsiuk, da agência Reuters, e José Couso, repórter de imagem do canal espanhol Telecinco, morreram no Hotel Palestina, que, estando cheio de jornalistas estrangeiros, foi atacado pelas forças dos EUA, alegadamente em resposta a tiros disparados do hotel.
As forças norte-americanas foram ilibadas de responsabilidades, o que, para a FIJ, torna o incidente ainda mais vergonhoso.
Os protestos da FIJ pelo comportamento das tropas dos EUA no Iraque seguem-se a críticas da agência Reuters à forma como os seus profissionais foram tratados pelos militares no Iraque já em Janeiro deste ano, quando dois jornalistas e o motorista que os conduzia foram detidos por três dias por as forças norte-americanas os terem, supostamente, confundido com combatentes inimigos.
A FIJ pretende que 8 de Abril de 2004 sirva para os jornalistas protestarem junto das autoridades dos EUA mas também dos governos dos seus próprios países, e para dirigir um apelo a alterações da lei internacional, de modo a que esta reforce os direitos dos jornalistas em tempo de guerra.