Assassinatos de jornalistas aumentam

O número de jornalistas mortos em todo o mundo é cada vez maior e só se as autoridades dos vários países acabarem com a impunidade de quem os mata se poderá começar a pôr cobro a esta tendência, afirmou o Instituto Internacional para a Segurança da Imprensa (INSI), num comunicado alusivo ao Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.

Segundo o INSI, nos últimos 365 dias foram registados 180 mortes de jornalistas e outros profissionais dos média, dos quais 164 foram assassinados. Destes, 52 morreram nos primeiros quatro meses de 2007, uma subida considerável em relação ao mesmo período de 2006, em que morreram 33.

O pior local continua a ser Iraque, onde já morreram 194 profissionais dos média, na sua maioria iraquianos, desde a invasão norte-americana de 2003. Países como as Filipinas, o México, o Afeganistão e a Rússia também estão longe de serem seguros.

De todos os assassinatos de jornalistas ocorridos nos últimos 365 dias, o mais mediático foi o da repórter de investigação russa Anna Politkovskaya, alvejada a 7 de Outubro de 2006 no elevador do prédio onde residia em Moscovo.

Para a homenagear e chamar a atenção para o problema da segurança dos jornalistas, o director-geral da UNESCO, Koïchiro Matsuura, irá entregar ao filho de Anna Politkovskaya o Prémio Mundial da Liberdade de Imprensa/Guillermo Cano, numa cerimónia a realizar hoje, 3 de Maio, em Medellín, na Colômbia.

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