Sevgul Uludag e Makarios Drusiotis receberam a 20 de Março, em Viena, o Prémio Liberdade de Imprensa 2005 da secção austríaca da Repórteres Sem Fronteiras (RSF), por artigos acerca da história recente de Chipre.

Na cerimónia de entrega dos prémios – que este ano aceitavam apenas inscrições de jornalistas de Chipre, Turquia e Grécia – o antigo representante da OSCE para a Liberdade de Imprensa, Freimut Duve, elogiou os jornalistas cipriotas por terem aberto os portões das “zonas de silêncio” em Chipre, ao abordarem temas como as pessoas desaparecidas e as valas comuns naquela ilha do Mediterrâneo, cuja parte Norte continua ocupada pela Turquia.

Autora de livros sobre os desaparecidos e os mortos de ambos os lados do conflito turco-cipriota, Sevgul Uludag foi premiada pelo artigo “How shall we establish the truth?”, publicado em inglês na revista online Hamamboculeri, e em grego no “Alithia”.

Também autor de livros sobre os anos mais difíceis do conflito, Makarios Drusiotis foi distinguido pelo artigo “My haunted country”, publicado no diário “Politis” e pelo documentário “Construction of truth”, relativo a ataques contra jornalistas e activistas cipriotas gregos por parte da administração cipriota grega, após o Plano Annan.

Igualmente premiada foi a repórter turca Demet Bilge Ergun, do jornal “Radikal”, pelas suas histórias sobre violência contra mulheres na Turquia.