Argélia impede livre circulação de jornalistas

As autoridades argelinas recorreram a pretextos burocráticos para impedir a saída para o estrangeiro de dois jornalistas e a entrada no país de cartunistas franceses que haviam sido convidados para expor no Centro Cultural Francês em Argel, denunciou a Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

Segundo a organização, o perdão presidencial de 5 de Julho a todos os jornalistas condenados por difamação e ofensa a instituições foi uma mera operação cosmética e não terá quaisquer resultados práticos na melhoria da liberdade de imprensa no país, pois as autoridades têm formas alternativas de silenciar os média e impedir a circulação de notícias sobre o que se passa na Argélia.

Uma dessas formas é a não concessão de vistos de entrada a profissionais estrangeiros, como a que atingiu os cartunistas franceses René Pétillon, Nicolas Vial, Georges Wolinski e Nono.

Outra é o impedimento de abandonar o país, medida imposta ao repórter franco-argelino Lakhdar Khelfawi e ao jornalista local Arezki Aït-Larbi, ambos devido a acusações que datam de 1997 e que, segundo as autoridades, não estão abrangidas administrativamente pelo perdão presidencial de Abdelaziz Bouteflika.

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