Apelo à libertação de jornalistas presos na Gâmbia

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e o Instituto Internacional pela Segurança da Imprensa (INSI) apelaram à libertação urgente dos seis jornalistas presos na Gâmbia por terem apoiado um comunicado sindical crítico do governo, acrescentando as suas vozes aos protestos globais crescentes contra a falta de liberdade de imprensa naquele país africano.

“Um governo intolerante criou uma cultura de negligência pela liberdade de expressão e pelos direitos humanos. A prisão de jornalistas só porque expressaram discordância é um sinal de que o país está a trair os princípios democráticos”, afirmou o secretário-geral da FIJ, Aidan White, apelando à libertação imediata dos seis colegas de profissão.

Três dos jornalistas presos são membros do Sindicato de Imprensa da Gâmbia, outros dois são repórteres do jornal “The Point” e um outro pertence ao jornal “Foroyaa”, e cada um foi condenado a dois anos de prisão e multas de 250 mil dalasi (6800 euros).

Considerando que “este julgamento mostra uma clara interferência política no trabalho honesto dos jornalistas”, que criticaram o governo pela falta de avanço na investigação ao assassinato do jornalista Deyda Hydara, em 2004, o director do INSI, Rodney Pinder, sublinha que esta é uma tentativa de intimidar todos os jornalistas da Gâmbia.

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