A agência noticiosa alemã AP/ddp anunciou a intenção de despedir todos os seus trabalhadores em França e na Suíça sem avançar qualquer tipo de explicação ou aviso prévio, o que motivou o protesto da Federação Europeia de Jornalistas (FEJ).
“Embora as pressões do mercado sejam um facto, acreditamos que a AP/ddp deve permancer na Suíça e manter padrões de qualidade e pluralismo de que o sector das agências noticiosas está tão necessitado”, afirmou Arne König, presidente da FEJ, frisando que “primeiro, porém, a administração devem assumir as suas responsabilidades sociais e profissionais e negociar com os sindicatos”.
A organização sindical europeia considera particularmente grave o caso suíço, pois a Ddp adquiriu a filial suíça AP em Dezembro último e acabar agora com ela irá afectar seriamente a paisagem mediática helvética, pois criará um monopólio da única agência noticiosa que restará na zona germanófila da Suíça.
Os sindicatos de jornalistas franceses também condenaram as condições em que a AP foi vendida à Ddp em Dezembro e que resultaram no despedimento de 81 dos 120 trabalhadores desta. Na nova estrutura apenas serão criados 16 novas posições para jornalistas, o que significa uma perda total de 65 postos de trabalho.
Aproveitando este caso, a FEJ revelou que está cada vez mais preocupada com a quebra nos padrões de qualidade das agências noticiosas europeias, dado o impacto que tal tem na qualidade de todos os média que dependem do material das agências para trabalhar.