A produtora Andalucía Digital Multimedia (ADM), responsável pelo programa Andalucía Directo, despediu uma das suas redactoras de Huelva e anunciou que procederá a mais despedimentos. Segundo a Federação de Sindicatos de Jornalistas de Espanha (FeSP), esta é a resposta da empresa, com maioria de capital público, às reivindicações dos trabalhadores por condições laborais dignas.

O despedimento ocorreu a 31 de Março, na véspera de uma reunião entre a empresa, os trabalhadores e o Sindicato de Jornalistas da Andaluzia (SPA), e segundo o SPA constitui uma “tentativa de amordaçar quem se rebelou contra condições de trabalho precárias, uma realidade comum à maioria das produtoras de audiovisual andaluzas”.

Com o objectivo de melhorar essas condições, os trabalhadores e o sindicato têm desde Julho de 2007 tentado negociar a melhoria do contrato colectivo actual ou a negociação de um novo, mas sempre sem êxito, tendo a empresa chegado inclusivamente a negar um processo eleitoral e a constituição de secções sindicais.

Como forma de protesto pela atitude da empresa e a manutenção de condições laborais inadequadas, os trabalhadores têm levado a cabo protestos e greves.