Agrava-se o estado de saúde de Alí Lmrabet

Hospitalizado desde 26 de Maio, o jornalista marroquino Alí Lmrabet encontra-se num “estado de saúde preocupante”, segundo as suas advogadas. O jornalista, condenado a quatro anos de prisão no passado dia 21, iniciou uma greve de fome no dia 6 de Maio.

“Estamos extremamente inquietos com a saúde do nosso correspondente em Marrocos”, afirmou o secretário-geral da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), Robert Ménard, que viajará para Rabat no dia 2 de Junho, para avistar-se com conselheiros do ministro da Justiça e visitar Alí Lmrabet no hospital.

“Reiteramos o nosso pedido às autoridades marroquinas para que ponham imediatamente em liberdade o jornalista, para que receba os cuidados de que necessita. Por outra parte, não entendemos por que o proíbem de ler”, acrescentou Robert Ménard.

Em 29 de Maio, Alí Lmrabet retirou a transfusão que estava recebendo desde dia 26 e negou-se a tomar medicamentos. À sua irmã Naziha, que o visitou, só pôde dizer muito nervoso: “Perseguem-me até aqui”. Ontem, dia 30, de manhã, para justificar a sua decisão de não se alimentar totalmente (nem água, nem açúcar), disse à sua outra irmã, Nadia: “Privam-me dos meus direitos de preso. Por que me proíbem, inclusive, o direito de ler?”. Na véspera confiscaram-lhe o único livro que tinha, tal como uma caneta. Tão pouco lhe autorizaram outras obras, que tinha solicitado.

Em 29 de Maio, as suas advogadas, que o puderam visitar pela primeira vez desde a hospitalização, declararam que a saúde do periodista estava num “estado preocupante”. As advogadas dirigiram uma carta ao ministro da Justiça marroquino para reclamar, entre outras coisas, uma informação escrita sobre a saúde do jornalista.

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