Agências da ONU instadas a defender liberdade de imprensa

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) instou as diversas agências das Nações Unidas a defender a liberdade de imprensa e o acesso dos média a todas as reuniões públicas, depois de o jornalista Ahmad Rafat, da agência noticiosa ADNKronos Internati

A proibição de entrada foi alegadamente fruto de pressões de responsáveis iranianos, que não apreciam os artigos que o jornalista de origem iraniana assina sobre o seu país natal para a agência noticiosa italiana.

“As agências da ONU não devem ser usadas pelos estados-membros para atingir jornalistas de que não gostem. As Nações Unidas devem ser um modelo de pluralismo e respeito pela liberdade dos média”, frisou o secretário-geral da FIJ, Aidan White, lembrando que este é o segundo caso do género em poucas semanas, depois de jornalistas de Taiwan terem sido impedidos de cobrir um encontro da Organização Mundial de Saúde em Genebra, na sequência de pressões chinesas.

Indignada com este comportamento de duas agências da ONU no espaço de um mês, a FIJ apelou a uma investigação total a este último incidente e instou os responsáveis máximos das Nações Unidas a declarar publicamente que não voltará a haver discriminação de jornalistas em conferências futuras.

“A ONU tem uma agência, a UNESCO, que tem por missão defender a liberdade de imprensa e agora temos duas outras agências que, em menos de um mês, vão contra o trabalho da UNESCO e a própria Carta das Nações Unidas”, afirmou Aidan White, acrescentando que “é necessária uma reafirmação clara e enfática de que os jornalistas serão livres de relatar os assuntos da ONU sem interferências políticas”.

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