As tropas norte-americanas encerraram, a 28 de Março, as instalações do semanário iraquiano “Al-Hawza”, ligado ao líder religioso xiita Moktada al-Sadra, e ordenaram a suspensão do periódico por 60 dias, por alegada “incitação à violência contra as forças da coligação”.

A ordem foi assinada por Paul Bremer, o administrador da Autoridade Provisória da Coligação, ao abrigo do decreto promulgado em Junho último que proíbe o “incitamento à violência” nos média.

Na justificação da ordem, Paul Bremer referia textos da edição de 26 de Fevereiro do “Al-Hawza”, que denegriam a imagem das tropas dos EUA e do próprio administrador norte-americano, alvo de comparação com Saddam Hussein no artigo “Bremer Segue os Passos de Saddam”, que acusava a autoridade de transição de “implementar uma política de levar o povo iraquiano à fome”.

A medida assinada de Paul Bremer foi já contestada pela directora do Comité para a Protecção dos Jornalistas, Ann Cooper, que considera que “o encerramento abrupto do “Al-Hawza” envia uma mensagem perturbadora acerca do respeito pela liberdade de imprensa” ao povo iraquiano.