Abusos israelitas contra jornalistas palestinianos

Cinco detenções injustificadas de jornalistas palestinianos por elementos da autoridade israelitas no espaço de dez dias levaram a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) a condenar aquilo a que chamam de “comportamento abusivo” por parte dos agentes de segurança do estado hebraico.

O primeiro caso registou-se a 26 de Junho, quando o jornalista Omer al-Mughaier, de 24 anos, foi parado por agentes do Shin Bet na fronteira entre Israel e a Jordânia e obrigado a despir-se para que lhe revistassem o corpo; além de ser interrogado durante horas acerca das suas viagens à Europa, foi ainda agredido de tal forma que ficou com costelas partidas e nódoas negras no corpo.

Considerando o comportamento das forças de segurança como “inaceitável”, até porque “o jornalista obedeceu a todas as ordens dos agentes do Shin Bet”, a organização instou as autoridades israelitas a responsabilizarem-se por este abuso, sobretudo porque “este tipo de assédio nunca é punido”.

Além deste caso, a RSF apelou à libertação de Fouad Farukh, da agência noticiosa Ramattan News, que se encontra detido sem qualquer acusação há mais de uma semana, depois de ter sido, juntamente com três colegas, acusado erradamente de atirar pedras a um colono israelita perto de Nablus, na Margem Ocidental.

O técnico de som Nubul Nabil e o jornalista Mohammed Marbu foram libertados após seis horas de detenção e o operador de câmara Rami Jahajha saiu em liberdade a 29 de Junho, mas Fouad Farukh continuava detido a 1 de Junho.

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