UE estuda queixa anti-monopólio contra Google

A Comissão Europeia vai analisar a posição dominante da Google na publicidade digital e nas pesquisas online, na sequência de queixas interpostas por três sítios: o britânico Foundem, que faz comparação de preços; o motor de busca jurídico francês eJustice; e o sítio de compras Ciao, que pertence à Microsoft.

As queixas centram-se no modo como os resultados de pesquisa do Google são compilados e nos termos e condições dos contratos da empresa com os anunciantes, algo a que a Google responde dizendo que não discrimina nenhum sítio, explicando que os sítios que apenas recolhem conteúdos de outras fontes costumam ficar mal posicionados nos resultados do seu motor de busca por motivos técnicos.

Actualmente, de acordo com dados da ComScore, a Google é responsável por 80% das pesquisas na Europa e a conselheira da empresa para a concorrência na Europa, Julia Holz, garante não estar preocupada com o escrutínio comunitário, apesar de Bruxelas ter fama de tratar de forma bastante dura as grandes empresas de tecnologia, como se viu recentemente com a Microsoft e a Intel.

Porém, estas queixas são apenas as mais recentes numa série de ataques à posição dominante da Google: milhares de autores têm lutado contra os planos da empresa para digitalizar os conteúdos de milhões de livros; em Itália, o YouTube está a braços com a justiça por alegada invasão de privacidade; e em países como a Alemanha e a Bélgica, vários jornais contestam o uso que o Google News faz dos seus conteúdos.

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