Jornalistas presos são já 136

O número de repórteres, editores e fotojornalistas atrás das grades em todo o mundo a 1 de Dezembro deste ano era de 136, revela o relatório anual de jornalistas presos do Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), indicando que quase 45% desse total são profissionais freelance.

Segundo a organização, os cerca de 60 freelancers são quase o dobro dos que estavam presos há apenas três anos, o que revela duas tendências: por um lado, a capacidade que a Internet dá aos jornalistas para publicarem por sua conta e risco e, por outro, porque a redução de custos de vários órgãos tem-nos levado a preferir profissionais em regime livre em vez de a contrato para fazer a cobertura internacional.

A China (24) continua a ser, desde há 11 anos, a líder, seguida pelo Irão (23) e por Cuba (22). Só a soma destes três – 69 presos – representa mais de metade do total mundial. A lista prossegue com Eritreia (19), Birmânia (9), Uzbequistão (7), Azerbaijão (6), Etiópia (4), Egipto (3), Tunísia (2) e Iémen (2). Arábia Saudita, Camarões, Camboja, Cazaquistão, EUA, Gâmbia, Índia, Marrocos, Mauritânia, Rússia, Síria, Sri Lanka, Turquia, Venezuela e Vietname completam a lista com um preso cada.

A lista divulgada pelo CPJ é apenas uma fotografia tirada à meia-noite do dia 1 de Dezembro último e não inclui os muitos jornalistas detidos e libertados ao longo do ano.

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