Jornalista russa cai do 14º andar

A morte da jornalista televisiva russa Olga Kotovskaya, que caiu da janela de um 14º andar a 16 de Novembro, em Kaliningrado, está a provocar polémica na Rússia, dada a rapidez com que as autoridades locais declararam que se tratara de um suicídio, versão que não convence os camaradas de profissão da jornalista.

Em comunicado, o Sindicato de Jornalistas Russo instou as autoridades a não escolher o caminho mais fácil e a investigar outras hipóteses, até porque, segundo Alexei Simenov, da Fundação de Defesa da Glasnost, “o edifício de onde ela alegadamente ‘caiu’ nada tinha a ver com ela; ela não tinha qualquer razão para lá estar”.

“Ela foi assassinada. E se eu for encontrado morto nos carris, não acreditem que cometi suicídio”, afirmou Igor Rudnikov, marido da jornalista e ex-co-proprietário da Kaskad, uma emissora fundada por Olga Kotovskaya e que, de acordo com uma decisão judicial emitida uma semana antes da morte da jornalista, passara para as mãos de Vladimir Pirogov, ex-vice-governador de Kaliningrado, através do recurso a assinaturas forjadas.

Considerando este caso como “particularmente significativo, dada a terrível impunidade que rodeia a morte de jornalistas na Rússia”, o Instituto Internacional de Imprensa (IPI) apelou a uma “investigação total e transparente a esta morte e às suas circunstâncias”.

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