Grandes grupos planeiam despedimentos

Os grupos de imprensa norte-americanos Time Inc e The Wall Street Journal e o britânico Associated Newspapers anunciaram planos para proceder a despedimentos em massa, que atingirão cerca de 650 profissionais.

A fatia maior cabe ao grupo Time Inc, que dentro de duas semanas pretende desfazer-se de 6% da sua força de trabalho, o que equivale a mais de 600 postos. O objectivo é reorganizar a estrutura interna do grupo, agrupando os títulos que partilhem audiências e anunciantes similares e colocando as várias redacções ao serviço de todo o grupo.

Apesar da decisão de proceder a cortes e da muito propalada crise nos média, a Time Inc continua a ser uma empresa rentável, apenas dá menos milhões de lucro do que antes.

Igualmente paradoxal parece ser a decisão do “The Wall Street Journal”, que encerrará até ao final do ano a sua delegação em Boston, enviando nove repórteres para o desemprego e mantendo apenas três ao serviço, que terão a difícil tarefa de tentar manter a qualidade da centenária delegação, responsável pela conquista de dois Pulitzers nos últimos cinco anos.

A notícia surge dias depois de o Gabinete de Auditoria de Tiragens norte-americano ter revelado que entre Abril e Setembro o jornal se tornou na publicação de maior circulação dos EUA, superando o “USA Today”.

Do outro lado do Atlântico são os gratuitos que fecham. Menos de um mês após o encerramento do “London Paper”, foi agora anunciado que se planeia o fim do “London Lite”, do grupo Associated Newspapers, o que coloca 36 postos de trabalho em risco.

Apesar de no curto prazo a publicação estar a ter maiores receitas, devido ao encerramento do principal concorrente, a administração considera que o jornal não apresenta uma rentabilidade de longo prazo, pelo que irá consultar os 36 trabalhadores do “London Lite” antes de dar por encerrado o assunto.

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