O governo afegão ameaçou expulsar os jornalistas estrangeiros e fechar os meios de comunicação social locais que desrespeitarem a proibição de noticiar actos de violência durante a votação de hoje para as eleições presidenciais e provinciais.

Esta medida censória visa, segundo as autoridades afegãs, permitir uma grande participação do povo, pois o anúncio de actos terroristas poderá gerar receios na população e motivar altos níveis de abstenção.

A directiva foi largamente condenada pelos jornalistas locais e por organizações como o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), que afirmou que “a censura da imprensa no dia das eleições é contrária ao espírito do processo democrático em curso no Afeganistão”, motivo pelo qual apelou à revogação imediata da medida.