Irão é a maior prisão mundial de jornalistas

O Irão transformou-se, nas últimas duas semanas, na maior prisão mundial de jornalistas, devido à detenção continuada de cerca de 40 profissionais dos média, que se juntaram à meia dúzia que já estava encarcerada antes das eleições presidenciais de 12 de Junho.

A informação é avançada pelo Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) e pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), que referem alguns dos casos mais recentes, como a detenção de 25 funcionários do jornal reformista “Kalameh Sabz”, propriedade do candidato presidencial Mir-Hussein Mousavi, na noite de 22 de Junho.

“O governo pretende impedir as pessoas do Irão e do mundo de testemunharem as notícias à medida que elas acontecem. Isso pode funcionar até um certo ponto, mas o preço a pagar pelo Irão tem sido muito elevado”, disse Mohamed Abdel Dayem, coordenador do CPJ para o Médio Oriente e Norte de África, sublinhando que “o Irão é agora o maior carcereiro de jornalistas no mundo”.

Também o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, reagiu à situação no Irão, instando a 23 de Junho as autoridades do país a respeitarem os direitos fundamentais civis e políticos da população, incluindo o direito à liberdade de expressão, a informar o público e à livre reunião.

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