G20 não deve esquecer a liberdade de imprensa e de expressão

A reunião do G20 que hoje, 2 de Abril, se inicia em Londres não pode negligenciar as barreiras que são actualmente colocadas à liberdade de expressão e de imprensa em países como a China ou a Rússia, que têm lugar à mesa nesta reunião internacional, alertou o Instituto Internacional de Imprensa (IPI).

“Penso que é muito importante perceber que durante o G20 vai haver discussão sobre proteccionismo, em termos de barreiras económicas ao comércio. Mas penso que há outro proteccionismo que também existe a par deste, que é a protecção e prevenção do acesso do público à informação”, afirmou o director do IPI, David Dadge.

Recordando que “os governos tendem a impedir as pessoas de aceder à informação”, Dadge apelou a que “além de discussões em termos financeiros, também deve haver uma discussão sobre direitos humanos, liberdade de imprensa e acesso à informação. Afinal, não se consegue compreender a crise financeira se não se tiver acesso a informação”.

O director do IPI lembrou ainda o papel indispensável que os jornalistas desempenham na vigilância a políticos, legisladores e banqueiros, numa altura em que tanto se fala na necessidade de transparência dos mercados, e chamou a atenção para as situações da imprensa em países como a China, a Etiópia, a Índia, a Rússia e a Turquia.

Partilhe