Uma juíza de Madrid condenou o diário “El Mundo” a incorporar na empresa oito fotógrafos que trabalhavam à peça para o jornal há vários anos, reconhecendo a existência de uma relação laboral entre estes e a empresa, apesar de não haver um contrato de trabalho.

A antiguidade da colaboração dos fotógrafos varia entre os nove e os 19 anos e a magistrada deu como provada a ausência de qualquer distinção entre a maneira como a empresa dava trabalho aos oito fotógrafos em causa e aos quatro que tinha nos quadros.

“Têm acreditação como fotógrafos do “El Mundo”, não podem publicar as suas fotografias noutro jornal, mesmo sem terem firmado um acordo de exclusividade, e até se dar a mudança para a nova sede iam ao diário habitualmente, tendo mesmo um espaço físico para trabalhar”, frisou a juíza deste processo, iniciado em Novembro de 2008 depois de a empresa ter começado a dar menos trabalho aos fotógrafos, reduzindo-lhes os proventos.

Segundo o Comité de Empresa do “El Mundo”, ainda há uma vintena de colaboradores do diário que estão sem contrato apesar de fazerem o mesmo trabalho que os da redacção, tendo havido reiteradas propostas com vista à sua integração, sempre negadas pela empresa.