Direito ao sigilo de jornalista liberiano respeitado

O Tribunal Especial para a Serra Leoa, que está a investigar crimes de guerra e contra a humanidade alegadamente promovidos pelo antigo presidente liberiano Charles Taylor no país vizinho, aceitou a escusa do jornalista Hassan Bility em revelar a identidade de uma fonte confidencial que, em 1997, lhe facilitou a viagem à Serra Leoa.

A notícia foi recebida com agrado pelo Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), que a 3 de Fevereiro tinha alertado para o facto de que a revelação da fonte confidencial de Bility poderia comprometer a cobertura de conflitos, sobretudo se nestes ocorressem crimes de guerra e abusos dos direitos humanos.

Sublinhando que esta é “uma importante vitória para a liberdade de imprensa numa altura em que a capacidade dos jornalistas em proteger as suas fontes confidenciais está em erosão em várias partes do mundo”, o CPJ aguarda com expectativa a fundamentação escrita das razões do tribunal para rejeitar o pedido de quebra do sigilo profissional interposto pelos advogados de defesa de Charles Taylor.

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