Jornalista iraquiana atingida por tropas dos EUA

No primeiro dia do ano, a jornalista iraquiana Hadil Emad, especialista em edição vídeo ao serviço da Biladi TV, foi alvejada com gravidade por militares norte-americanos junto ao posto de controlo da ponte al-Jadriyya, em Bagdade.

Segundo a polícia iraquiana e as tropas dos EUA, a profissional de 25 anos “estava a actuar erraticamente”, pelo que, “preocupados com o perigo que ela poderia representar para forças de segurança e para civis, e perante a ausência de resposta a avisos, os soldados dispararam, ferindo-a”, afirma um comunicado das autoridades sobre o incidente.

De acordo com a Beladi TV, os soldados começaram por disparar para o ar, mas a jornalista, que tem problemas de audição, não ouviu os avisos, tendo sido posteriormente alvejada com gravidade, sofrendo hemorragias internas e danos em diversos órgãos.

Tanto o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) como a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) já exigiram uma investigação ao caso e a tomada de medidas disciplinares contra os autores dos disparos pois “se uma pessoa desarmada não responde de imediato a um aviso, tal não é motivo para se disparar directamente contra ela”.

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