Jornalista assassinado no México

Miguel Angel Villagómez Valle, editor do diário “La Noticia de Michoacán”, foi raptado no dia 9 de Outubro e encontrado sem vida no dia seguinte, com seis tiros no corpo, não tendo a polícia estatal anunciado quaisquer pistas de investigação ou potenciais suspeitos.

Lamentando a morte do camarada de profissão, a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) instaram as autoridades federais a pegar no caso e a levar os responsáveis perante a justiça pois, como afirma Paco Audije, secretário-geral-adjunto da FIJ, muitas vezes “a corrupção local prejudica as investigações às mortes de jornalistas”.

O CPJ está a investigar possíveis ligações entre a morte de Miguel Angel Villagómez Valle e o seu trabalho, uma vez que, cerca de um mês antes da sua morte, o jornalista de 29 anos disse a familiares e colegas que andava a receber ameaças dos Zetas, um grupo de ex-soldados ao serviço de narcotraficantes do cartel do Golfo.

Além do caso do editor do “La Noticia de Michoacán”, a FIJ noticiou também que David García Monroy, freelancer que colaborava regularmente com o “La Jornada” e o “El Diario de Chihuahua”, foi morto a 9 de Outubro por assassinos profissionais, que entraram no bar onde o jornalista se encontrava e o alvejaram.

Desde 2000, a violência associada aos poderosos cartéis de narcotráfico e a outros grupos criminosos no México mataram 23 jornalistas, sete dos quais como represália directa pelo seu trabalho. Há ainda a registar sete jornalistas desaparecidos desde 2005.

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