O ministro do Interior iraquiano, Jawad Bolani, prometeu à Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) que irá emitir em breve, pela primeira vez, um relatório completo sobre os jornalistas assassinados no país desde a invasão norte-americana de 2003.
Segundo o Sindicato Iraquiano de Jornalistas, ascende a mais de 250 o número de jornalistas e outros profissionais dos média mortos no Iraque nos últimos cinco anos. Esta situação foi responsável, em 2006 e 2007, pelos números recorde de jornalistas mortos a nível global.
Confiante de que a promessa ministerial é um sinal de que o governo está empenhado em perseguir os assassinos de jornalistas, o secretário-geral da FIJ, Aidan White, acredita que o Iraque está a passar lentamente de uma época de crise para um período de transição em que a construção da paz, a reconciliação e a restauração da confiança pública na democracia serão notícia.
Considerando que tal implica a existência de jornalistas profissionais, éticos e independentes da pressão política, a FIJ e o Sindicato Iraquiano de Jornalistas estão apostados no fortalecimento do Grupo de Segurança nos Media do Iraque e na realização de formações sobre saúde e políticas sociais e ainda acerca de como investigar e expor a corrupção, um problema grave no país.
A ameaça da violência sectária e do terrorismo indiscriminado permanece, mas estamos a chegar a um ponto de viragem e os média desempenham um papel fulcral no apoio ao pluralismo e ao debate aberto, os quais serão essenciais caso se queira dar significado às conversas de paz e reconciliação, concluiu Aidan White.