Eventos traumáticos exigem cobertura responsável

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) apelou aos jornalistas que estão a cobrir os efeitos dos ataques à bomba que a 11 de Julho mataram pelo menos 200 passageiros de um comboio em Mumbai (Bombaim), na Índia, para que sejam sensíveis à dor de todos os afectados pelo atentado.

“Este é um momento de sofrimento para muitas pessoas, e elas têm o direito de o passar em privado”, recordou Christopher Warren, presidente da FIJ, que além de apelar a uma cobertura responsável dos acontecimentos instou os jornalistas a estarem atentos ao seu próprio bem-estar emocional.

Sublinhando que “pode levar semanas ou mesmo meses até que se instalem traumas em virtude de tragédias como esta”, a FIJ aconselha os jornalistas que se sintam de algum modo afectados a procurar ajuda ou aconselhamento médico, e pede a editores e colegas que fiquem atentos a eventuais sinais de trauma nos seus camaradas.

Para minorar o risco dos jornalistas transferirem para si eventuais efeitos traumáticos das histórias que ouvem de sobreviventes e familiares das vítimas, a FIJ aconselha que os repórteres leiam a informação disponibilizada pelo Australasian DART Centre for Journalism and Trauma em http://www.dartcenter.org/australasia/index.html.

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