Mensagens internacionais para o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa

Em mais um Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, diversas organizações internacionais emitiram mensagens alusivas à data, sendo de destacar o texto sobre “Média, Desenvolvimento e Erradicação da Pobreza” subscrito pelos participantes de uma conferência promovida pela UNESCO em Colombo, capital do Sri Lanka, a 1 e 2 de Maio.

A Declaração de Colombo, nome que foi dado ao documento final do referido encontro, lança apelos aos Estados-Membros da UNESCO, aos órgãos de comunicação social e associações profissionais dos média, às Nações Unidas, às instituições financeiras internacionais e aos governos doadores para que, juntos, contribuam para a erradicação da pobreza e para a promoção da liberdade de expressão e de imprensa.

O texto integral da Declaração é publicado em ficheiro anexo.

FIJ recorda actualidade do seu lema

No mesmo sentido que a UNESCO pronunciou-se a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), que reafimou a importância de uma imprensa livre para a luta em prol da erradicação da pobreza.

A organização instou ainda à defesa da qualidade no jornalismo, à união dos jornalistas em torno de associações sindicais e ao reconhenhecimento dos direitos laborais como parte integrante da liberdade de imprensa.

Frisando que a sua abordagem à questão não é nova, a FIJ lembrou que este é o tipo de matérias que tem defendido desde que foi fundada em 1926, e aproveitou para reforçar a actualidade do seu lema: “Não há liberdade de imprensa se os jornalistas viverem sujeitos à corrupção, pobreza ou medo”.

Preocupação com os jornalistas mortos em serviço

Numa declaração conjunta emitida hoje, peritos em liberdade de imprensa das Nações Unidas, da Organização de Estados Americanos, da Comissão Africana de Direitos Humanos e dos Povos e da Organização para a Sociedade e Cooperação na Europa lembraram o elevado número de jornalistas mortos ou feridos no desempenho da profissão no decorrer de 2005, e instaram ao fim da impunidade dos responsáveis pelos ataques.

Também o Instituto Internacional de Imprensa (IPI) aproveitou a data para “recordar os 65 jornalistas assassinados em 2005, o que representa um em cada 5,6 dias”, e instou as autoridades dos países em que tais mortes ocorreram a investigarem devidamente os casos e a levarem os culpados perante a justiça.

Preocupação idêntica manifestou o Instituto Internacional para a Segurança da Imprensa (INSI) – cuja contabilidade de jornalistas mortos ascende a 146 e que aponta para outros 31 assassinados desde o início de 2006 –, que lançou a 3 de Maio um estudo global às causas das mortes de jornalistas em todo o mundo, que espera ter pronto até ao final do ano.

Por fim, as organizações Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) optaram por assinalar este Dia Mundial da Liberdade de Imprensa dando a conhecer estudos que efectuaram sobre os ataques à liberdade de imprensa em geral e sobre questões mais específicas, como a censura da comunicação social.

Associação Mundial de Jornais apela a debate na comunicação social

Disponibilizando gratuitamente um conjunto de ensaios, notas de opinião, entrevistas, gráficos, desenhos satíricos, vídeos e outros materiais sobre a liberdade de imprensa para publicação em jornais e sites de Internet, a Associação Mundial de Jornais (WAN) apelou a que a comunicação social assinalasse a data debatendo o tema.

A organização instou ainda todos os interessados a aderir a uma campanha pela liberdade de informação, que está a ser promovida no site www.worldpressfreedomday.org.

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