Fotógrafo venezuelano assassinado em serviço

O fotojornalista venezuelano Jorge Aguirre foi alvejado mortalmente quarta-feira, 5 de Abril, quando se dirigia para uma zona de Caracas onde decorriam manifestações a pedir ao governo que actuasse contra os diversos responsáveis pelo rapto de 31 pessoas no país.

Os tiros fatais foram disparados por uma pessoa vestida com um uniforme da polícia, que parou o carro de Jorge Aguirre – identificado claramente como pertencente ao diário “El Mundo” – e disparou três vezes contra o fotógrafo, que apesar dos ferimentos conseguiu tirar uma fotografia ao seu assassino em fuga. Aguirre viria a falecer momentos depois no hospital.

O assassinato deste profissional de 59 anos foi condenado pelo Sindicato Nacional de Trabajadores de la Prensa (SNTP), pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e pelo Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), que consideraram o acto como um lembrete chocante das pressões que são exercidas sobre os jornalistas venezuelanos e exigiram uma investigação urgente ao caso.

Familiares, amigos e colegas de Jorge Aguirre organizaram, a 6 de Abril, uma marcha em Caracas em memória do fotojornalista, que representou o início de um período de luto de três dias nos média de todo o país.

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