FIJ reclama protecção para jornalistas no Nepal e no Iraque

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) apelou a uma acção internacional em defesa dos jornalistas que no Nepal e no Iraque são continuadamente ameaçados de morte por grupos políticos armados.

A declaração da FIJ, no dia 19, surge depois de o francês Micah Garen, que tem a cidadania norte-americana, ser sequestrado e a televisão Al’Jazeera apresentar imagens dele ajoelhado e ameaçado por cinco homens mascarados armados de espingardas. No passado fim-de-semana, o jornalista britânico James Brandon foi sujeito à mesma provação mas acabou por ser libertado.

“Estas grotescas e repetidas intimidações são um aviso terrível dos riscos que todos os jornalistas correm”, disse Aidan White, secretário-geral da FIJ. “Tomar jornalistas como alvo é uma horrível característica crescente do conflito nesta região,” acrescentou Aidan White. “Muito mais deve ser feito para proteger os profissionais dos média e encontrar estes assassinos, que devem ser apresentados à Justiça. Os que os apoiam devem ser denunciados e isolados pelo comunidade internacional”.

No dia 15 de Agosto, em Falluja, foi morto o freelance iraquiano Mahmud Hamid Abbas, que trabalhava para o canal alemão ZDF. Outro jornalista, Hossam Ali, um fotógrafo freelance, foi morto no mesmo dia. Um terceiro, o operador de câmara Issam Al-Shamani, está desaparecido desde domingo. A FIJ já reclamou investigações sobre estes casos. Por seu lado, a Reuters disse que um dos seus fotógrafos, Ali Abu al-Shich, foi ferido a tiro em Najaf no dia 17.

Manifestação em Katmandu

Jornalistas e outros trabalhadores dos média manifestaram-se, no dia 18, em Kathmandu em protesto contra o assassínio de Dekerdraraj Thapa, correspondente da Rádio Nepal, pelos rebeldes maoístas, que, entretanto, ameaçaram matar mais dez jornalistas.

“As ameaças continuadas a jornalistas e pessoal dos média nestas áreas são um atentado intolerável à democracia,” acrescentou Aidan White. “É tempo de a comunidade internacional deixar claro que serão tomadas medidas para encontrar os responsáveis por estas acções e para melhorar os níveis de proteção dos profissionais”.

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