Redações da Trust in News iniciam semana paralisadas pela greve

Na semana que abre, as pessoas que trabalham na Trust in News mantêm a luta. Esta segunda-feira, continua a registar-se uma adesão de cerca de 80% entre jornalistas nas redações de publicações como a Visão, a Caras, a Exame, a Ativa ou o Jornal de Letras. Na generalidade dos trabalhadores, pelo menos metade aderiu à greve iniciada na sexta-feira.
 
Face à grande jornada de luta dos trabalhadores, a administração da TiN insiste em não apresentar respostas. Esta greve, decretada por tempo indeterminado, vai manter-se pelo menos até ao pagamento dos salários devidos: aproximando-se a data de pagar as remunerações de junho, a empresa ainda só processou um quarto dos ordenados de maio.
 
Há um ano e meio que a Trust in News falha às pessoas trabalhadoras. Após um violento processo de insolvência, em que as redações tiveram de recorrer ao Fundo de Garantia Salarial do estado, continua a não haver algo que os trabalhadores reconheçam como uma estratégia realista que garanta o futuro da empresa, preservando títulos emblemáticos da imprensa portuguesa e garantindo o fim da sangria nos postos de trabalho, decorrente da saída de várias pessoas nos últimos tempos, confrontadas com a falta de pagamento e sem vislumbrar um futuro. 
 
Como já foi compromisso do acionista único, Luís Delgado, ainda não foi injetado dinheiro no grupo para estabilizar as suas contas e permitir que se recomece a produção das revistas que representam a sua fonte de receita. Ao longo da greve, várias poderão falhar a publicação. Nesta fase de luta, muito complicada para jornalistas e demais trabalhadores da TiN, o SJ apela a toda a classe para que se mobilize no apoio a camaradas que há longos meses vivem com salários em atraso e sem perspetivas de futuro.
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