O grupo espanhol Vocento anunciou que, a 15 ou 16 de Setembro, irá suscitar a caducidade dos contratos de trabalho na agência de notícias Colpisa, por considerar que a situação económica da mesma é insustentável.

Considerando ridícula a alegação de dificuldades económicas, uma vez que, segundo a própria empresa, em 2007 a Colpisa perdeu 5000 euros, em 2008 perdeu 600 euros e em 2009 teve ganhos de 203 euros, o Sindicato de Jornalistas de Madrid (SPM) afirma que este anúncio de encerramento só pode ser entendido como “uma tentativa de amedrontar a redacção e levá-la a aceitar as propostas injustas da empresa”.

De acordo com a direcção da Colpisa, a única alternativa a este desfecho é que os trabalhadores assinem, antes de 1 de Outubro, um acordo de redução salarial de 10% e ”aceitem a negociação de um contrato colectivo que suprime os direitos sociais adquiridos ao longo de quase 40 anos de existência da agência”.

Para evitar o encerramento da Colpisa, o SPM instou a autoridade laboral a considerar o expediente de regulação de emprego que possa vir a ser interposto pela Vocento como “improcedente”, obrigando a empresa a negociar com os representantes dos trabalhadores, que se têm mostrado sempre disponíveis para o diálogo.