O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, vetou a lei anti-terrorista aprovada no Parlamento alguns dias após o sequestro no Teatro Dubrovska, em Moscovo, que introduzia enormes restrições à liberdade de Imprensa, revela o sítio da organização Repórteres sem Fronteiras.

O veto de Vladimir Putin, na segunda-feira, 25 de Novembro, foi acolhido com surpresa. Mas o Presidente russo entende que a lei votada na Duma deve ser reformulada. Desde o princípio do mês, ocorreram dois casos em que jornalistas estrangeiros foram alvo de pressões das autoridades, quando cobriam histórias relacionadas com o conflito checheno. Num desses casos, um jornalista norueguês viu as forças de segurança russas apagarem o conteúdo de duas cassetes de vídeo, com imagens obtidas num campo de refugiados chechenos.

A lei agora devolvida à Duma proibia os média de difundirem informações que “impeçam a realização de uma operação anti-terrorista” bem como de “fazer propaganda à oposição a uma determinada operação ou de justificar essa operação”.

Na prática, o diploma deixava as mãos livres às autoridades para perseguirem qualquer jornalista ou órgão de comunicação social, em matérias relativas à situação na Chechénia.