Violência contra jornalistas prossegue nas Filipinas

Maximo Quindao, editor do “Mindanao Trucknews”, de Tagum City, foi alvejado por dois homens a 29 de Janeiro, mas sobreviveu aos quatro tiros que o atingiram.

Colegas do jornalista dizem que este não tem inimigos pessoais e que a tentativa de assassinato se terá devido a motivos profissionais, uma vez que Maximo Quindao comenta regularmente assuntos como corrupção, maus serviços públicos e abate ilegal de árvores.

Apesar de mais este caso de violência explícita contra um jornalista, a presidente filipina Gloria Macapagal-Arroyo cancelou o encontro que tinha marcado para 31 de Janeiro com os delegados de uma missão de reconhecimento da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) às Filipinas.

No dia anterior, os delegados da missão da FIJ tinham denunciado em conferência de imprensa que por detrás do elevado número de jornalistas mortos nas Filipinas desde 1986 – mais de 50 – está a cultura de violência tolerada pelas autoridades governamentais daquele país asiático.

As más condições de trabalho dos jornalistas e a falta de apoio e de segurança por parte dos patrões são factores que, segundo os elementos da FIJ, contribuem também para o elevado número de mortes.

Em Fevereiro, a FIJ e o Sindicato Nacional de Jornalistas das Filipinas (NUJP) deverão publicar um relatório sobre esta missão, contendo recomendações e pedidos de reabertura da investigação a diversos casos às autoridades filipinas.

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