Um jornalista ficou ferido com gravidade após ter sido alvejado em Manipur, no nordeste da Índia, a 9 de Fevereiro, dia em que, no extremo Norte, em Jammu e Caxemira, as instalações de um diário foram vandalizadas. Dois casos de violência contra a imprensa que mereceram o protesto da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ).
O ataque contra Ratan Luwangcha, do diário local “Poknapham”, ocorreu em Imphal, capital do Estado de Manipur, ao início da manhã, quando homens armados alvejaram o jornalista perto da casa deste.
Ratan Luwangcha, que é também secretário-geral do sindicato de jornalistas de Manipur, ficou ferido com bastante gravidade, encontrando-se na unidade de cuidados intensivos do hospital, ainda em situação crítica.
Não se conhecem ainda os motivos do ataque, mas os membros do sindicato de jornalistas local manifestaram-se a 10 de Fevereiro em defesa de uma maior segurança para a classe. Está igualmente prevista a suspensão temporária da publicação de alguns diários locais como forma de protesto.
No extremo Norte do país, as instalações do diário “Greater Kashmir” em Srinagar, capital do Estado de Jammu e Caxemira, foram vandalizadas por cerca de 20 membros de uma facção radical da Frente de Libertação de Jammu e Caxemira (JKLF).
As autoridades conseguiram deter um dos responsáveis pelo ataque, que provocou ferimentos em três funcionários do jornal e danos materiais na redacção. A acção violenta do grupo independentista ocorreu após ameaças de que a não publicação de todas as declarações emitidas por aquela facção da JKLF teria “consequências”.
“Esta cultura de intolerância tem de parar”, disse o presidente da FIJ, Christopher Warren, frisando que não é a primeira vez que jornais e jornalistas são alvo de ataques nestas regiões da Índia, e apelando a que as autoridades “sejam severas com os agressores, de modo a transmitir a mensagem de que as tácticas de intimidação não podem silenciar a imprensa independente”.