Único diário privado da Guiné encerrado

O jornal “Le Quotidien” foi “suspenso indefinidamente”, a 13 de Novembro, pelo Conselho Nacional de Comunicação (CNC) da República da Guiné, após a publicação de um artigo intitulado “O país está em má forma… quando é que a sublevação terá lugar?”.

A medida governamental foi contestada pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF) que, após leitura do artigo – escrito pelo editor do diário, Siaka Kouyaté –, considerou que não foram violadas as leis guineenses nem perturbada a paz, a calma e a democracia, como alegou o CNC.

A organização vê a actuação do governo contra o único diário privado do país como uma “tentativa de silenciamento” e contesta a forma como a suspensão foi anunciada na rádio e televisão nacionais sem que fosse dado conhecimento prévio aos visados.

Segundo a RSF, o artigo publicado a 7 de Novembro no “Le Quotidien” falava sobre as dificuldades do país e apelava ao “reconhecimento da situação” e à “sublevação”, no sentido de “revolta contra as nossas más práticas, os nossos maus reflexos e as nossas más escolhas”, instando o presidente a ser o primeiro a dar o sinal para a “violência positiva que todas as grandes nações adoptam quando o momento histórico o exige”.

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