União Europeia quer libertação de jornalistas e ativistas na Turquia

Federica Mogherini, Alta Representante da UE para a Política Externa e Segurança, falou numa “preocupante tendência para as detenções” no país. Ministros turcos rejeitaram as críticas.

Federica Mogherini, Alta Representante da União Europeia para a Política Externa e Segurança, encontrou-se ontem em Bruxelas com uma delegação do governo turco, considerando que existe “uma preocupante tendência para as detenções” no país.

Citada pela imprensa europeia, Mogherini deixou entender que, enquanto não forem dados “passos concretos rumo ao Estado de direito, à democracia, à liberdade de expressão e da imprensa”, o processo de adesão da Turquia à UE vai permanecer sem progressos, mesmo que o estatuto de país candidato à entrada se mantenha.

Numa altura em que decorre o julgamento dos jornalistas e funcionários do jornal Cumhuriyet, além de estarem detidos vários ativistas dos Direitos Humanos, incluindo uma dirigente da Amnistia Internacional, na sequência da tentativa de golpe de Estado do ano passado, também Johannes Han, comissário europeu para a Política Regional, salientou a “inquietação existente nos estados-membros” e a inexistência de condições para que o processo de adesão evolua.

Antes, Ömer Çelik, ministro turco para os Assuntos Europeus, exigira que fossem desencadeados novos passos naquele capítulo e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Mevlüt Çavusoglu, sublinhara a necessidade de estabelecer a diferença entre jornalistas e terroristas. “Jornalistas ou ativistas, seja quem for que tenha colaborado com o golpe de Estado irá enfrentar as consequências através da Justiça”, afirmou.

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