Uma greve evitada e outra marcada no Reino Unido

Um acordo de última hora evitou a greve marcada pelos jornalistas das publicações britânicas “The Independent” e “Independent on Sunday”. No entanto, a palavra greve continua na ordem do dia entre os profissionais da comunicação do Reino Unido, pois cerca de 150 membros do Sindicato Nacional de Jornalistas (NUJ) britânico vão juntar-se à paralisação de 28 de Março de trabalhadores do sector público contra alterações nos planos de reforma.

A suspensão da greve nos dois jornais – a apenas cinco horas do seu início –, deveu-se a uma maratona negocial em que os jornalistas obtiveram ganhos “significativos e abrangentes”: aumentos de 2,5 por cento para todo o pessoal, acrescidos de um novo acordo de formação, da garantia de nenhum despedimento compulsivo até, pelo menos, Abril de 2007, um aumento de 5 por cento nos valores mínimos de todas as tabelas de pagamento e pagamentos entre 200 e 500 libras a todos os trabalhadores contratados desde o lançamento do diário compacto.

O secretário-geral do NUJ, Jeremy Dear, congratulou-se com o resultado final e com o facto das negociações terem sido construtivas e os membros do sindicato resolutos na defesa das suas posições.

Relativamente à acção de greve prevista para terça-feira da próxima semana, o NUJ revelou que a decisão foi tomada por mais de 70 por cento dos seus membros nos gabinetes de imprensa do poder local, que assim decidiram juntar-se àquela que deverá ser a maior paralisão no Reino Unido desde a Greve Geral de 1926.

Os funcionários da administração local britânica estão contra os planos do governo em aumentar a idade da reforma, criando assim dois níveis distintos dentro da administração pública e gorando as expectativas dos trabalhadores.

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