Um jornalista morreu e três desapareceram no Iraque

Apenas três dias após o início dos combates, a guerra no Iraque já causou a morte a um jornalista, além de três desaparecidos e três feridos, mostrando até que ponto eram fundados os receios e apelos quanto à segurança dos profissionais dos média.

O jornalista australiano Paul Mooran, de 39 anos, morreu no sábado, 22 de Março, em consequência da explosão de um carro armadilhado no Curdistão iraquiano. Um repórter fotográfico que estava no local afirmou que os jornalistas eram o alvo deste atentado. Ficaram feridos na explosão o correspondente da ABC, Eric Campbell, e um outro jornalista cuja identidade é desconhecida.

O atentado ocorreu num “checkpoint” à saída da aldeia de Khormal, próximo da fronteira iraniana. Muitos jornalistas encontravam-se no local onde se deu a deflagração. A aldeia fica numa zona onde opera o grupo islamita curdo Ansar Al-Islam, que na noite anterior fora bombardeada por mísseis norte-americanos.

Uma equipa da televisão britânica ITV desapareceu no sul do Iraque, também no sábado, dia 22. Foram alvejados em Iman Anas, quando tentavam chegar a Bassorá, num veículo que não os identificava como jornalistas. O grupo viajava longe de qualquer coluna militar. Os três membros da equipa são o jornalista Terry Lloyd, de 51 anos, o operador de câmara Fred Nerac e Hussein Othman, um habitante da zona que os acompanhava.

Também no sul do Iraque foi ferido e posteriormente hospitalizado o jornalista “freelance” belga, Daniel Demoustier.

Em 1991, na primeira guerra do Golfo, quatro jornalistas perderam a vida e cerca de 250 morreram em zonas de guerra entre 1992 e 2002.

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