Um ano de acção no Sindicato dos Jornalistas

A Direcção do SJ explica aos associados e a todos os jornalistas o que tem feito nos últimos meses e projecta o ano novo que se aproxima.

Um ano depois da eleição dos órgãos sociais do Sindicato dos Jornalistas, é tempo de explicar aos associados e a todos os jornalistas o que tem feito a Direcção Nacional ao longo dos últimos meses, destacando-se alguns dos assuntos mais recentes.

Além de olharmos para o caminho percorrido até aqui, queremos projectar o novo ano que se aproxima.

O momento mais importante do próximo ano será o da realização do Congresso dos Jornalistas Portugueses, previsto para o último trimestre. O último congresso foi há 17 anos e a classe reclama, mais do que nunca, um fórum de balanço, auto-crítica e discussão do futuro.

A Direcção do Sindicato dos Jornalistas (SJ) convidou a jornalista Maria Flor Pedroso para presidir à comissão organizadora do Congresso dos Jornalistas 2016.

O congresso vai estar aberto à participação de todos, de forma pluralista e democrática, e conta com a colaboração de outras duas instituições representativas da classe: a Casa da Imprensa e o Clube de Jornalistas.

Rumo ao congresso, a Direcção do SJ vai continuar a realizar debates mensais e encontros em várias cidades, com o objectivo de tirar um retrato do País. Até agora, estivemos em cinco capitais de distrito e organizámos seis debates.

No próximo ano, previsivelmente, estará concluído o processo negocial para um novo Contrato Colectivo de Trabalho para a Imprensa, instrumento de regulação que poderá vir a estender-se a todos os contratos de todos os jornalistas da imprensa escrita. É objectivo da Direcção do SJ que o novo Contrato Colectivo de Trabalho tenha um papel fundamental na valorização salarial e na criação de garantias para os jornalistas independentes (“freelancers”). Actualmente, cerca de 43% dos jornalistas contratados auferem menos de 1000 euros de salário mensal.

Nas últimas semanas, perante sinais agudos de degradação das condições de trabalho de jornalistas, a Direcção do SJ pediu reuniões de urgência a todos os partidos com assento parlamentar, ao ministro do Trabalho e ao ministro da Cultura (que tutela a área da comunicação social).

Também pedimos reuniões, algumas das quais já tiveram lugar, às administrações de vários grupos de média em processo de despedimento, fecho ou rescisões ditas “amigáveis”.

A Direcção do SJ está atenta e responde a todos os casos que chegam ao seu conhecimento. Temos prestado apoio jurídico aos associados que o solicitam e estamos a lutar de forma vigorosa para que a lei seja cumprida. Nas últimas semanas organizámos plenários e sessões de esclarecimento, na sede do SJ, com jornalistas do i, do Sol e do Público e participámos num plenário no Diário Económico. Não hesitaremos em fazer a denúncia de eventuais más práticas de gestão.

A busca de soluções para a preocupante situação a que o jornalismo chegou exige um debate que deve que ser travado entre jornalistas, sendo fundamental envolver outras esferas da sociedade civil.

Até ao fim do mandato de três anos para o qual foi democraticamente eleita, a Direcção do SJ vai continuar a agir em nome da defesa dos direitos e das garantias dos jornalistas, combatendo todas as situações de abuso, falta de transparência e precariedade.

Levantamo-nos por um jornalismo livre, responsável e de qualidade. Em nome da democracia.

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