UE instada a expor “escândalo de impunidade” no Iraque

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), a Associação de Imprensa Internacional (API) e Fabienne Nérac, mulher de um jornalista francês desaparecido desde 2003, vão entregar hoje, 23 de Março, um pedido à presidência austríaca do Conselho Europeu para que os Estados-membros da União Europeia (UE) usem a sua influência para expor o “escândalo de impunidade” que rodeia as mortes de jornalistas no Iraque.

Segundo a FIJ, a guerra no Iraque já provocou um total de 113 mortos entre jornalistas e trabalhadores dos média, o que a torna no conflito mais mortífero para a imprensa desde o final da Segunda Guerra Mundial.

Além da longa lista de jornalistas mortos, está ainda por solucionar o caso de Fred Nérac, desaparecido em Bassorá a 22 de Março de 2003 e aparentemente morto numa troca de tiros entre soldados iraquianos e norte-americanos.

Nessa mesma ocasião, morreu o repórter britânico Terry Lloyd, ficou ferido o operador de câmara belga Daniel Demoustier e, além de Nérac, foi dado como desaparecido o intérprete libanês Hussein Osman, cujos restos mortais foram identificados por análises de ADN em Junho de 2004.

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