O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos condenou o governo ucraniano a pagar 100 mil euros de indemnização a Myroslava Gongadze, viúva do jornalista Georgy Gongadze, por não ter sido capaz de proteger o jornalista e não ter investigado devidamente o rapto e assassinato deste em 2000.
O actual governo ucraniano, liderado por Viktor Yuschenko, chegou a oferecer 100 mil euros à viúva para que esta retirasse a queixa, mas Myroslava Gongadze recusou, dizendo que esperava que a decisão judicial abrisse um precedente na protecção de cidadãos ucranianos.
As suas expectativas confirmaram-se, tendo o tribunal sublinhado ainda o tratamento degradante a que Myroslava Gongadze foi sujeita pelas autoridades ucranianas no período em que Leonid Kuchma era presidente, pois apesar do corpo decapitado do jornalista ter sido encontrado em Novembro de 2000, só em Março de 2003 ela teve a confirmação de que era o seu marido, depois de receber durante esse período várias informações contraditórias.