Soldados norte-americanos entraram na noite de 19 de Fevereiro na sede do Sindicato de Jornalistas do Iraque em Bagdade, destruindo mobiliário, vandalizando as instalações, detendo seguranças contratados pelo governo do Iraque e confiscando dez computadores e 15 pequenos geradores de electricidade destinados a famílias de jornalistas assassinados.

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) considerou esta acção militar “ultrajante e indesculpável”, para mais por ter ocorrido dois dias depois do governo iraquiano ter reconhecido formalmente o sindicato enquanto organismo independente de profissionais, e acusou os Estados Unidos de “terem traido aqueles que lutam pela paz no Iraque através do seu desrespeito clamoroso pelos jornalistas”.

Receando que a apreensão de computadores e de registos de membros signifique que as tropas dos EUA possam vir a exercer represálias sobre elementos do sindicato, a FIJ juntou-se aos apelos do sindicato para que o material confiscado seja devolvido de imediato e para que seja levado a cabo um inquérito total para apurar quem autorizou este ataque.